sexta-feira, 1 de julho de 2011

Normal?????


O conceito de normalidade em psicologia é uma questão bastante discutível.
Quando se trata de alterações comportamentais extremas fica bem mais fácil identificá-las e classificá-las, mas quando não há diferenças significativas, fica bem mais difícil uma avaliação, até porque o conceito de normalidade impõe uma análise do contexto sociocultural, exige um estudo sobre a suposta alteração comportamental e o contexto social no qual ele acontece.
As culturas estabelecem uma norma ideal, que é supostamente “sadia” e esperam uma adaptação do indivíduo a tal norma. Isto ocorrendo, considera-se o indivíduo “normal”.
Chamo a atenção dos leitores deste artigo para a erotização da criança. Diferente de tratarmos do desenvolvimento da sexualidade infantil, já que ela faz parte de todos os estágios do desenvolvimento do indivíduo e que seguindo seu curso natural, terá uma função importante na construção das emoções, das relações sociais, da experimentação dos papeis feminino e masculino.
O acesso e a estimulação precoce da erotização queimam etapas do desenvolvimento, e acabam exigindo que a criança lide com o assunto sem o devido entendimento, adquirindo uma percepção alterada do próprio corpo: objeto de prazer, consumo e status social.
As estatísticas comprovam as conseqüências das distorções, aumento da gravidez precoce, aumento de casos de abuso e de violência sexual.
Um outro agravante sobre a questão é a aprovação dos pais para o uso de roupas inapropriadas para a idade, principalmente em meninas, escutar músicas e dançar coreografias sensuais, assistir programas de TV e filmes inadequados para a capacidade compreensiva da criança, já que teoricamente são dirigidos à pessoas maduras.
A escola também deve intervir com projetos educacionais que desenvolvam a capacidade crítica e reflexiva sobre o tema sexualidade.
Atualmente, observa-se entre as crianças um mal estar em ser “infantil” o que traz efeitos negativos no campo da maturação afetiva e social da criança.
Volto à idéia inicial do texto, em que a cultura estabelece uma norma supostamente “sadia”, e que a adaptação do indivíduo, autoriza sua “normalidade”. Deixo aos leitores a oportunidade de questionar normas culturais, e não simplesmente introduzi-las em suas condutas apenas para não ser “diferente”, mas talvez saudável.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Logoterapia

Logoterapia


A Logoterapia é um sistema teórico – prático de psicologia, criado pelo psiquiatra vienense Viktor Frankl, que se tornou mundialmente conhecido a partir de seu livro "Em Busca de Sentido" (Um Psicólogo no Campo de Concentração) no qual expõe suas experiências nas prisões nazistas e lança as bases de sua teoria. De acordo com Allport, "trata–se do movimento psicológico mais importante de nossos dias".

A Logoterapia é conhecida como a Terceira Escola Vienense de Psicoterapia, sendo a Psicanálise Freudiana a Primeira e a Psicologia Individual de Adler a Segunda.
Origem do nomeO termo "logos" é uma palavra grega que significa "sentido". Assim, a "Logoterapia concentra-se no sentido da existência humana, bem como na busca da pessoa por este sentido" (Frankl).

"Para a Logoterapia, a busca de sentido na vida da pessoa é a principal força motivadora no ser humano... A Logoterapia é considerada e desenhada como terapia centrada no sentido. Vê o homem como um ser orientado para o sentido". (Frankl).

[editar] UtilizaçãoO homem sempre procurou dar um sentido à sua vida e aprofundar-se em sua existência. A frustração dessa necessidade é um sintoma do nosso tempo. O sofrimento e a falta de sentido configuram o vazio existencial que muitos experimentam. Para esse mal, Frankl foi desenvolvendo durante décadas a Logoterapia.

Frankl não pretendeu "suplantar a Psicoterapia vigente, mas complementá-la e completar também o conceito de ser humano – mais indispensável às ciências do homem do que o método e técnicas corretas". A Logoterapia busca restituir a imagem do homem superando reducionismos, faz uma proposta que não se limita à Psicologia, mas abrange todas as áreas da atividade humana, e busca resgatar aquilo que é especificamente humano na pessoa.

vida ativa na 3ª idade


“ Envelhecer é natural e inevitável. O desafio é enfrentar esse processo de forma saudável, bem como adequar-se as transformações impostas pelo tempo e concretizar os próprios sonhos sem dar excessiva importância a idade. “



DICAS PARA UMA VIDA SAÚDAVEL:

• Praticar caminhadas;
• Manter uma vida social ativa, cultivando amizades;
• Cultivar hábitos saudáveis de alimentação, praticar esportes e exercícios para o cérebro (leituras e palavras cruzadas);
• Visite sempre seu medico, realize todos os seus exames;
• É preciso usar bem os anos que temos, tirando o melhor proveito possível do órgão mais sofisticado de todos, o cérebro.









É BOM SABER:

• Brasil tem cerca de 13 milhões de pessoas com mais de 60 anos, que são responsáveis por um terço dos atendimentos de lesões traumáticas nos hospitais segundo o SUS – Sistema Único de Saúde. Aproximadamente 75% destas lesões acontecem nas próprias casas dos pacientes, em tombos que poderiam ser evitados num ambiente mais favorável, com um índice de melhoria da qualidade de vida bastante apreciável, já que 34% das quedas gera algum tipo de fratura, o trajeto quarto-banheiro principalmente à noite é considerado o de maior risco na moradia, pois se sabe que 46% das fraturas “domiciliares” são provenientes de acidentes ocorridos nesta situação.

• EVITAR: Prateleiras de vidro e superfícies cortantes dentro dos banheiros
• Quinas vivas nos móveis, bancadas e passagens
• Tapetes soltos.
• Cortinas pesadas
• Andar só de meias dentro de casa
• Fios elétricos e de telefone soltos.
• Panos e fósforos próximos à boca do fogão USAR: Chinelos anti-derrapantes dentro de casa
• Luz de emergência e luz noturna nos corredores, banheiros e cozinha;
• Piso cerâmico anti-derrapante na cozinha, área e banheiros.


“ A idade não depende dos anos, mas sim do temperamento e da saúde; umas pessoas já nascem velhas, outras jamais envelhecem.” Tyron Edwards

Depressão no idoso




A depressão na população idosa, embora freqüente, é pouco diagnosticada. O profissional que dá o primeiro atendimento ao idoso precisa estar atento e informado para detectar pequenos sinais que denunciam o problema.

O processo de envelhecimento mascara e dificulta o diagnóstico de depressão. O idoso geralmente apresenta como queixa inicial, a perda da memória ou falta de concentração, apatia, fadiga ou distúrbios do sono. Observou-se em 40% dos idosos internados a presença das síndromes depressivas associadas � doença que motivou a internação.
Quando atendemos um idoso deprimido, devemos verificar se esta depressão não está sendo causada por um medicamento de uso contínuo, como os anti-hipertensivos, hipnóticos, ansiolíticos, anti-vertiginosos, antieméticos, hipoglicemiantes, analgésicos, diuréticos, etc.

Embora a depressão seja doença freqüente entre os idosos, é crucial encará-la como diagnóstico de exclusão. E as medidas preventivas são de fundamental importância no tratamento da depressão. A tendência com o envelhecimento é a pessoa tornar-se mais inativa e acomodada. O exercício físico é fundamental para manter o bom funcionamento do sistema cardiocirculatório e respiratório, com isso, preservar a força muscular, os reflexos, a coordenação motora. O exercício é o único evento natural capaz de otimizar o equilíbrio neuroquímico do cérebro, aumentando a produção das catecolaminas.

Um fator psicológico preponderante para o bom envelhecimento é manter o convívio social. Com a aposentadoria, aqueles que não têm relacões sociais bem estabelecidas tendem a perder totalmente o seu referencial e o seu objetivo de vida, caindo em depressão.
A atividade intelectual é crucial. O idoso deve aproveitar o seu tempo livre para aprender novas coisas e voltar a estudar aquilo que gostaria e que por algum motivo não pode faze-lo.

A utilização de terapias farmacológicas deve ser bem orientada, pois geralmente os idosos já tomam muitos medicamentos (prescritos pelo médico ou de sua auto-medicação), e as interações com graves conseqüencias, como tonturas e quedas são freqüentes.

Referência:

Sitta MC, Jacob Filho W – Abordagem Clínica da Depressão no Idoso e a Contribuição do Geriatra. In Fráguas Júnior R, Figueiró JAB – Depressões em Medicina Interna e em Outras Condições Médicas Editora Atheneu p.557-562

Depressão

Depressão



Sinônimos e nomes relacionados:

Transtorno depressivo, depressão maior, depressão unipolar, incluindo ainda tipos diferenciados de depressão, como depressão grave, depressão psicótica, depressão atípica, depressão endógena, melancolia, depressão sazonal.

O que é a depressão?
Depressão é uma doença que se caracteriza por afetar o estado de humor da pessoa, deixando-a com um predomínio anormal de tristeza. Todas as pessoas, homens e mulheres, de qualquer faixa etária, podem ser atingidas, porém mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens. Em crianças e idosos a doença tem características particulares, sendo a sua ocorrência em ambos os grupos também freqüente.
Como se desenvolve a depressão?
Na depressão como doença (transtorno depressivo), nem sempre é possível haver clareza sobre quais acontecimentos da vida levaram a pessoa a ficar deprimida, diferentemente das reações depressivas normais e das reações de ajustamento depressivo, nas quais é possível localizar o evento desencadeador.
As causas de depressão são múltiplas, de maneira que somadas podem iniciar a doença. Deve-se a questões constitucionais da pessoa, com fatores genéticos e neuroquímicos (neurotransmissores cerebrais) somados a fatores ambientais, sociais e psicológicos, como:

Estresse
Estilo de vida
Acontecimentos vitais, tais como crises e separações conjugais, morte na família, climatério, crise da meia-idade, entre outros.

Como se diagnostica a depressão?
Na depressão a intensidade do sofrimento é intensa, durando a maior parte do dia por pelo menos duas semanas, nem sempre sendo possível saber porque a pessoa está assim. O mais importante é saber como a pessoa sente-se, como ela continua organizando a sua vida (trabalho, cuidados domésticos, cuidados pessoais com higiene, alimentação, vestuário) e como ela está se relacionando com outras pessoas, a fim de se diagnosticar a doença e se iniciar um tratamento médico eficaz.
O que sente a pessoa deprimida?
Freqüentemente o indivíduo deprimido sente-se triste e desesperançado, desanimado, abatido ou " na fossa ", com " baixo-astral ". Muitas pessoas com depressão, contudo, negam a existência de tais sentimentos, que podem aparecer de outras maneiras, como por um sentimento de raiva persistente, ataques de ira ou tentativas constantes de culpar os outros, ou mesmo ainda com inúmeras dores pelo corpo, sem outras causas médicas que as justifiquem. Pode ocorrer também uma perda de interesse por atividades que antes eram capazes de dar prazer à pessoa, como atividades recreativas, passatempos, encontros sociais e prática de esportes. Tais eventos deixam de ser agradáveis. Geralmente o sono e a alimentação estão também alterados, podendo haver diminuição do apetite, ou mesmo o oposto, seu aumento, havendo perda ou ganho de peso. Em relação ao sono pode ocorrer insônia, com a pessoa tendo dificuldade para começar a dormir, ou acordando no meio da noite ou mesmo mais cedo que o seu habitual, não conseguindo voltar a dormir. São comuns ainda a sensação de diminuição de energia, cansaço e fadiga, injustificáveis por algum outro problema físico.
Como é o pensamento da pessoa deprimida?
Pensamentos que freqüentemente ocorrem com as pessoas deprimidas são os de se sentirem sem valor, culpando-se em demasia, sentindo-se fracassadas até por acontecimentos do passado. Muitas vezes questões comuns do dia-a-dia deixam os indivíduos com tais pensamentos. Muitas pessoas podem ter ainda dificuldade em pensar, sentindo-se com falhas para concentrar-se ou para tomar decisões antes corriqueiras, sentindo-se incapazes de tomá-las ou exagerando os efeitos "catastróficos" de suas possíveis decisões erradas.
Pensamentos de morte ou tentativas de suicídio

Freqüentemente a pessoa pode pensar muito em morte, em outras pessoas que já morreram, ou na sua própria morte. Muitas vezes há um desejo suicida, às vezes com tentativas de se matar, achando ser esta a " única saída " ou para " se livrar " do sofrimento, sentimentos estes provocados pela própria depressão, que fazem a pessoa culpar-se, sentir-se inútil ou um peso para os outros. Esse aspecto faz com que a depressão seja uma das principais causas de suicídio, principalmente em pessoas deprimidas que vivem solitariamente. É bom lembrar que a própria tendência a isolar-se é uma conseqüência da depressão, a qual gera um ciclo vicioso depressivo que resulta na perda da esperança em melhorar naquelas pessoas que não iniciam um tratamento médico adequado.
Sentimentos que afetam a vida diária e os relacionamentos pessoais

Freqüentemente a depressão pode afetar o dia-a-dia da pessoa. Muitas vezes é difícil iniciar o dia, pelo desânimo e pela tristeza ao acordar. Assim, cuidar das tarefas habituais pode tornar-se um peso: trabalhar, dedicar-se a uma outra pessoa, cuidar de filhos, entre outros afazeres podem tornar-se apenas obrigações penosas, ou mesmo impraticáveis, dependendo da gravidade dos sintomas. Dessa forma, o relacionamento com outras pessoas pode tornar-se prejudicado: dificuldades conjugais podem acentuar-se, inclusive com a diminuição do desejo sexual; desinteresse por amizades e por convívio social podem fazer o indivíduo tender a se isolar, até mesmo dificultando a busca de ajuda médica.
Como se trata a depressão?
A depressão é uma doença reversível, ou seja, há cura completa se tratada adequadamente. O tratamento médico sempre se faz necessário, sendo o tipo de tratamento relacionado ao perfil de cada paciente. Pode haver depressões leves, com poucos aspectos dos problemas mostrados anteriormente e com pouco prejuízo sobre as atividades da vida diária. Nesses casos, o acompanhamento médico é fundamental, mas o tratamento pode ser apenas psicoterápico.
Pode haver também casos de depressões bem mais graves, com maior prejuízo sobre o dia-a-dia do indivíduo, podendo ocorrer também sintomas psicóticos (como delírios e alucinações) e ideação ou tentativas de suicídio. Nessa situação, o tratamento medicamentoso se faz obrigatório, além do acompanhamento psicoterápico.
Os medicamentos utilizados são os antidepressivos, medicações que não causam “dependência”, são bem toleradas e seguras se prescritas e acompanhadas pelo médico. Em alguns casos faz-se necessário associar outras medicações, que podem variar de acordo com os sintomas apresentados (ansiolíticos, antipsicóticos).

Colaboradoras

Dra. Alice Sibile Koch
Dra. Dayane Diomário da Rosa

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Singuliridade, segundo nosso dicionário português, significa qualidade do que é único, singular, particular, excentrico. Em seguida podemos pensar em identidade, como algo que é único, singular de cada um de nós e a subjetividade completa o ser humano, que também é algo da ordem da unicidade, que faz parte do "eu" de cada individuo... cada individuo é único, singular, subjetivo a seu modo... não existem pessoas iguais na identidade, nem na singularidade e menos ainda na subjetividade, é isso que instiga cada ser humano a buscar sempre o outro, o encontro com outras singularidades, com outras identidades e com outras subjetividades, isso enrriquece a vida!!!!!!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Psicanálise e mitos.


Mitos e psicanálise

O mito é um relato fabuloso das tradições passadas oralmente de geração para geração, geralmente protagonizados por seres que encarnam, de forma simbólica as forças da natureza e os aspectos mais gerais da condição humana. Também é a narrativa de tempos heróicos que em geral guardam algo de verdade. Os mitos tentam explicar os fenômenos da natureza, serviam também para estimular e encorajar as pessoas para várias atividades como: a caça, a guerra, ou para algum ritual sagrado.
Os mitos tem o poder de transformar homens simples em grandes heróis, ações do dia-a-dia em incríveis jornadas.
“Os mitos são o nada que representam o tudo”. A Freud e a psicanálise vão buscar na mitologia Grega modelos que organizam descrições teóricas que sustentem imagisticamente hipóteses que permitem articulações com os fenômenos clínicos e assegurem constructos para a investigação metapsicológica. Freud já dizia que a mitologia era uma das matérias essencial  para a formação de um psicanalista.  A mitologia vai edificar a ciência do inconsciente. Os mitos auxiliam o indivíduo sobre sua origem e o lugar que se ocupa na terra através de uma mitologia pessoal. É uma construção pessoal, interna do sujeito.
 O artigo que lemos em aula: Psicanálise e mitologia grega, trazem alguns dos mitos que foram usados pela psicanálise:
Mito fundamental, e, ou, Complexo de Édipo: Freud baseou-se na tragédia, Édipo Rei, para formular o conceito do Complexo de Édipo, a preferência velada do filho pela mãe, acompanhada de uma aversão clara pelo pai. O complexo de Electra tem o mesmo sentido do Édipo.
Mito do falo e da castração: Conta a história de Urano, um pai poderoso, mas cruel que devora os filhos que tem com Géa a terra. Segundo Freud a castração é o que organiza nossa identidade sexual e também o falo é organizador da sexualidade.  O medo da castração faz com que o menino renuncie o amor da mãe e desta forma vá procurar outra mulher para ele. Nas meninas, o complexo da castração apresenta-se pela falta anatômica de um órgão externo como o dos meninos. Assim, seu complexo se lança na resolução de seus sentimentos edípicos deixando de amar a mãe (igual a ela) para ir à busca de um amor como o pai (diferente dela).
O mito da horda primitiva: é uma metáfora que Freud usa para explicar como ocorre o primeiro contato social, ou justiça social. Os filhos devem criar a comunidade de irmãos. Estes devem ser iguais em direitos e solidários na distribuição das mulheres e na criação das leis. No mito, os filhos devoram ritualmente o corpo do pai tornando todos iguais e assim cria-se a sociedade.
Mitos das protofantasias: Fala que o mundo, o ser humano e a vida têm origem e sua história no sobrenatural, que é preciosa e exemplar. “o individuo evoca a presença dos personagens dos mitos e torna-se contemporâneo deles”.
O mito da Cena primária: céu e terra se conjugam em um abraço amoroso. Para a psicanálise, a cena primária é o pai e a mãe no ato amoroso que nos gerou. As fantasias infantis irão contribuir para a constituição de aspectos do psiquismo infantil e da organização das neuroses.
O Mito do Narciso: como “sua majestade o bebê” o narciso é todo em si mesmo. A pessoa fica “presa” no narcisismo primário, onde o EU se confunde com o próprio mundo.
O Mito da Pulsão: pulsão é força imperiosa e pulsante. Inquieto e inquietante. É a força viva que nos habita e faz viver.
O Mito de Eros: Freud considera o mito de Eros como o principal adversário da necessidade. Eros é um belo Deus, caprichoso, porém vingativo e poderoso. O Deus que tudo une. O governante único das pulsões de vida e do Eu, tendo que se defrontar com seu complemento, a morte.
O Mito da Morte (tânatos): É um mito poderoso, a morte irmã do sono e rainha do esquecimento. Uma luta entre Eros e Tânatos. A morte é para a psicanálise a pulsão silenciosa ecoando em todo ato da vida. A pulsão de morte é também a grande responsável pela neurose do destino.
O Mito do Inconsciente: o inconsciente é atemporal, invisível, onipresente e arquipotente. Teia todas as relações inter, intra e transpessoais. Assim como o sonho o inconsciente é ferramenta para a compreensão da matéria que nos forma. É através da mitologia que tentamos compreender a psique humana. Trata-se de usar uma linguagem representativa do pensamento arcaico.

A psicanálise deve muito à mitologia.