segunda-feira, 27 de junho de 2011
Depressão no idoso
A depressão na população idosa, embora freqüente, é pouco diagnosticada. O profissional que dá o primeiro atendimento ao idoso precisa estar atento e informado para detectar pequenos sinais que denunciam o problema.
O processo de envelhecimento mascara e dificulta o diagnóstico de depressão. O idoso geralmente apresenta como queixa inicial, a perda da memória ou falta de concentração, apatia, fadiga ou distúrbios do sono. Observou-se em 40% dos idosos internados a presença das síndromes depressivas associadas � doença que motivou a internação.
Quando atendemos um idoso deprimido, devemos verificar se esta depressão não está sendo causada por um medicamento de uso contínuo, como os anti-hipertensivos, hipnóticos, ansiolíticos, anti-vertiginosos, antieméticos, hipoglicemiantes, analgésicos, diuréticos, etc.
Embora a depressão seja doença freqüente entre os idosos, é crucial encará-la como diagnóstico de exclusão. E as medidas preventivas são de fundamental importância no tratamento da depressão. A tendência com o envelhecimento é a pessoa tornar-se mais inativa e acomodada. O exercício físico é fundamental para manter o bom funcionamento do sistema cardiocirculatório e respiratório, com isso, preservar a força muscular, os reflexos, a coordenação motora. O exercício é o único evento natural capaz de otimizar o equilíbrio neuroquímico do cérebro, aumentando a produção das catecolaminas.
Um fator psicológico preponderante para o bom envelhecimento é manter o convívio social. Com a aposentadoria, aqueles que não têm relacões sociais bem estabelecidas tendem a perder totalmente o seu referencial e o seu objetivo de vida, caindo em depressão.
A atividade intelectual é crucial. O idoso deve aproveitar o seu tempo livre para aprender novas coisas e voltar a estudar aquilo que gostaria e que por algum motivo não pode faze-lo.
A utilização de terapias farmacológicas deve ser bem orientada, pois geralmente os idosos já tomam muitos medicamentos (prescritos pelo médico ou de sua auto-medicação), e as interações com graves conseqüencias, como tonturas e quedas são freqüentes.
Referência:
Sitta MC, Jacob Filho W – Abordagem Clínica da Depressão no Idoso e a Contribuição do Geriatra. In Fráguas Júnior R, Figueiró JAB – Depressões em Medicina Interna e em Outras Condições Médicas Editora Atheneu p.557-562
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